''''''''''''''''''''''''''''''''''''o pussylânime''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Libertè

AVENTURA & FICÇÃO

Quadrinhos fuderosos dos anos 80.... Psicodelias que marcaram minha infância!!! Todos os links de download estão ativos. Tô baixando agora!!!

http://ptkomics.blogspot.com/2010/06/aventura-e-ficcao.html

MIL - Conto nº 03 - loucuras incontaveis


MIL



                             No dia em que meu pai me comeu, eu o comi também. Devorei-o inteiro; e levo a vida toda digerindo-o. No momento em que seu descomunal cacete rasgou minha boceta seca, eu senti a dor de possui-lo em minhas mãos. Sua respiração penosa contava-me mais segredos do que imaginaria. Era náusea, vertigem, sangue e outras secreções santas e imundas. Eram minhas lágrimas num rosto sem som, nem cor.
                             Não esqueço seu olhar. Sim; ele teve coragem de olhar pra min. Nada no mundo me foi mais revelador do que aquele rosto bobo e grotesco olhando pra min. Ele dizia – Eu te amo- e – Sinto muito-. E eu sabia o quanto estava sendo sincero; era exatamente isso: amor e culpa; muito amor e muita culpa. Ai! Aquele rosto espelho!
                             O maior desejo do 999 é virar 1000. A cada doce e dolorida estocada, eu sentia que estava virando o meu contador. Seus braços fortes não me davam chance de defesa. Estava crucificada. Meu algoz enfiava-me um prego de 20 cm em minha racha. Estava colada a minha cruz-cama. Deus, perdoe, porque ele sabe o que faz.
                             No momento não sabia o que fazer com tanta matéria sentimental vinda daquele homem que achava que conhecia desde que nasci. Ele era todo meu; um inocente e frágil filhodaputa-nojento. Na hora do clímax eu entendi a razão da eternidade, a lógica do tudo se encaixa. 10 segundos eternos e piscadólhicos. Fui inundada por luz e não luz. É impossível reproduzir com linguagem. Até o vasto silêncio seria pequeno.
                             Nada foi igual aquilo. Nada foi igual depois disso. Morte ou vida? Os dois e nem um nem outro.
                             Vestiu a roupa, usou gazes para estancar a hemorragia. Lavou-me, enxugou-me; tudo com uma amável e cretina paciência. Trocou os lençóis da cama; pegou-me nos braços musculosos, deitou-me, cobriu-me, apagou a luz do abajur e com seus bigodes sujos, beijou-me carinhosamente, como eu tanto gosto, dizendo - Durma bem, meu anjo-. - Boa noite papaizinho-. Respondi. E fechou a porta com cuidado, indo embora. Como filha exemplar que sou; obedeci, dormindo bem naquela noite.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CAPITÃO ROMANCE //////// ORNATOS VIOLETA


Não gosto muito da Ornatos; mas essa música é fuderosa!!! Los Hermanos beberam, e muito, aqui!!! Além do clip ser fuderoso...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

EROTISMO - CONTO Nº 10 DO LOUCURAS INCONTÁVEIS




EROTISMO





Ali está ela; quieta. Sinto frio na espinha. Engulo a seco. Pisco os olhos. Mas que droga! Se controle, não vacile. É preciso tomar a decisão. É preciso agir; fazer o que tem de ser feito. È só seguir; passo por passo; com cuidado; pisando em ovos. O medo, nesta hora, me espreita, doido pra me dar um susto. E de vez em quando, consegue; meu coração se abala. A partir deu tê-la em minhas mãos, já não vai haver volta, com certeza. Mas eu sinto que já agora, nesse momento em que só a observo a um metro de mim, já não há retorno. Não tem como recuar. Retroceder nunca, render-se jamais; esqueceu?

O rap venenoso é uma rajada de PT!

Controlo os nervos. Respiro. Esqueço. E a pego em meus dedos. Indescritível. Um peso másculo, fálico, viril. O objeto do poder. Meu um anel. Eu sou deus. Tudo posso naquilo que me fortalece. Sim, tudo posso. Já não há mais medo; é incrível. Nada me assusta. Tudo agora é vontade; desejo; ação. É através dela que eu agora posso imprimir medo, a quem até agora me imprimia. Minha vontade de gritar é grande. Agora o poder é meu. Pelos poderes de Greiscoul.

Número um, terrorista da periferia!

Nesse momento eu sou. Tudo que se faz pela primeira vez é difícil; mas, se faz. É fácil depois. É só o momento. Ali, é só manter a mente vazia. Se pensar muito, dá uma doidêra; e você não faz. Se eu posso, eu consigo, e se eu consigo é bom. É assim que é. Minha responsabilidade. Fato consumado. Cadê o medo? Tomou Doril. É simples. Tranco do canhão, cabeça estourada, cano fumegante. È simples. É só apertar o gatilho e não pensar muito.

Pra mim ainda é pouco. Eu o cachorro louco.